19 de dez. de 2009

Primeira carta. O nó que desata, aperta, desata e aperta.

Amada,

Tanta coisa junto construída para num instante, o derradeiro, pulverizar-se como se nada houvesse.
O que será? Não sei. O que seremos? Menos ainda posso afirmar: ocorre o inenarrável.
Mulher, a teimosia de minha parte esgota-se com a tinta que mancha este papel que em futuro próximo terás em mãos. Não obstante a chama aflora e aclara o que julgo acabar, menos intenso é claro, também febril a caminho da inércia, assim como a flor que fenece pouco a pouco em meu âmago. A limitação da palavra ora em vez emergi e não consigo expressar o que almejo, por isso uso palavras que não são minhas e de repente me apeteço de palavras como: "É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,
Não transformar sonhos em realidade. ‘’
e constato o quanto hemos de persistir e perdurar pelo que desejamos independente das circunstâncias, são palavras de Pablo Neruda que me servem de consolo e cabe perfeitamente neste nó que ora desatamos, ora apertamos, no mais as palavras de Manuel Bandeira também me aliviam o espírito nesse fim de tarde solitária frente a luz baça do computador: ‘’E a vida vai tecendo laços,
Quase impossíveis de romper:
Tudo que amamos são pedaços
vivos de nosso próprio ser
A vida assim nos afeiçoa,
Prende. ‘’
Deixai como está, ‘bem está o que bem acaba’ conforme Shakespeare soa em minha alma, porém as cartas postas na mesa não expressam coisas claras, todavia o desenho se aperfeiçoa melhor com o tempo que corre e percebo o que está a ocorrer. Ô inglória do porvir!
Sem grandes citações, humildemente confesso, estar sem bússola. Aprendo e sou afeiçoado pela vida no dado instante, de forma amarga e indesejável, mas o que são os seres mortais ante a vontade divida e a força do destino? Se assim hemos de caminhar, sigamos. O que resta é isso, nada mais. Estou pesaroso, uma lástima só! Ai de mim! E dessa forma seguiremos nosso caminho. Cada qual a sua maneira, espero que não nos arrependamos das escolhas que fizemos, pois as lágrimas derramadas em certa altura da vida são irreparáveis.
Um beijo, Amante.

10 de dez. de 2009

Sentimentos Geográficos.

Sentimentos geográficos

Ó brisas frias que oscilam nossos sonhos,
As lutas daqui esfriam ainda mais as terras glaciais de lá,
O ponto mais alto dos Alpes não se iguala a dificuldade de nos encontrar,
Como o ar meus sentimentos correm gélidos pelos corredores de pinheiros em busca de tua presença,
Os ventos aquosos ocidentais só desencadeiam em mim lágrimas abundantes de amor por ti,
Vai esfriar mais desta vez.

Ó águas cristalinas muitas vezes manchadas de sangue euro,
Meu coração batendo está no leito do Danúbio,
O outono me faz lembrar-te,
Como uma folha seca viajando através do ar irei eu te alcançar,
Vai nevar hoje à noite.

Vamos para as florestas mistas do báltico,
Há vales vazios lá,
Não há ninguém para nos chatear,
Eu não quero mais sangrar,
Podemos andar mudos pelas cordilheiras se quiser,
Vamos apenas sonhar.

Hoje eu vou te encontrar,
Nós vamos procurar e reunir madeira pra queimar,
As estrelas hão de nos invejar,
Nós vamos conversar,
Lá não vai esfriar.

O verde daqui não é igual ao verde de lá,
Não há missões que não possamos fazer cá,
Nós vamos sonhar,
Eu vou te buscar.

Vamos apenas sonhar e brincar.

Érick Henrique Benetnasch

24 de out. de 2009

Que dizer do mundo?

O que dizer do mundo? Creio que faltam pessoas iguais e de mesma perspicácia que Muntadar al-Zeidi de 27 anos, se não lembram desse nome tenho prazer de vos lembrar, trata-se de um jornalista que gloriosamente atirou os sapatos contra o ex-presidente norte americano, George Bush, como diz meu pai: o que é bom deve ser lembrado, no entanto, gostaria de apontar outras coisas das quais esquecemos, nossa política internacional, pena que não tão boas!
Urge que Barack Obama, presidente norte americano pelo partido democrata, erigiu ao poder no começo do ano sob a égide de mudar a vida de todos, uma vez que fora consagrado como o homem da mudança já em suas prévias eleitorais, no mais nada mudou, exceto que se já era pop star agora é prêmio Nobel da PAZ, santa ignorância! E eu continuo na luta diária! Mudou no máximo a conta bancária desse palhaço, para a ofensa aqui se ater!
Em respeito aos artistas circenses peço desculpa, mas a palhaçada vigora no cenário mundial de políticas veiculadas pelos presidentes que roubam o cena com seus porcos espetáculos, quando Barack Obama foi eleito eu escrevi que não adiantava de nada especularem a respeito de sua origem racial, social, religiosa nem aqui e muito menos em alhures! Porém especulavam! O tempo passava e sua imagem ganhava todo o tipo de revistas, jornais e livros, creio que nem os Beatles saíram na ti-ti-ti, mas esse bocó saiu, ficou famosinho e cheio de créditos, puta bosta!
Consagraram-no como o salvador, certo messianismo rondava sua imagem. Passados alguns meses de seu mandato é evidente o quanto especulações não levam a nada, assim como os marxistas apontam na economia, hemos de viver a vida real, não a especulativa. Percebam, não faz diferença, assim como escrevi à alguns dos senhores noutro texto: Entre mandatos, sapatos e esperanças, fazer o escarcéu que for sobre origens e religiosidades, pois no poder tudo muda e creio todo homem ser igual. Ocorre que o exército americano ainda está no Afeganistão e no Iraque. A mudança não veio, a animosidade em relação ao Irã permanece, que mudança é essa? Os planos de antimísseis na Polônia voltaram a tona essa semana! Bob Dylan salienta ‘’O homem prepara-se para a paz construindo armas.’’
O que de grotesco e hediondo ronda em torno de Obama é ele ter recebido o Prêmio Nobel, cujo mérito lhe falta. Além de ridículo, não sei mais o que dizer dos premiadores, pois o premiado é esse bocó que mora na Casa Branca. O que mais dizer do mundo?!

4 de out. de 2009

Triste fim.

Fui teu, foste minha. O que mais? Juntos fizemos
uma curva na rota por onde o amor passou.

Fui teu, foste minha. Tu serás daquele que te ame,
daquele que corte na tua chácara o que semeei eu.

Vou-me embora. Estou triste: mas sempre estou triste.
Venho dos teus braços. Não sei para onde vou.

...Do teu coração me diz adeus uma criança.
E eu lhe digo adeus.

Pablo Neruda.

Triste fim

O dedo junto à mão velozmente por oito vezes aperta tóc! E trim! trim!...
-Alô!
Decorre velozmente, em fração de segundo, tóct! E na reticência cai-se sem amparo aproximando-se a escassez de créditos.
As saudações por sua vez, breves e gostosamente cordiais levam consigo de duas a três, e vezes quatro. Toct! Tóct! Tóct!.... Toct!
Vão-se embora os ois! Os olás! E o tempo é curto junto aos seus toct!
A conversa desenrola-se rapidamente, desencadeando em seus devidos assuntos ora importantes, ora menos importantes, contudo não menos importante que o importante devido ser posto em importantíssima questão, muito importante. Em meio a tudo isso, a todo esse jogo de palavras, adversações e alternações, alternadamente: toct! Tóct! Vão-se outras.... Acabando! Oh tempo decorrente que não volta, esvai-se como nossa existência efêmera e frágil.
Juras e mentiras encadeadas em assuntos de importância revelam-nos as discordâncias e convergências entre pessoas que se aproximam e se afastam respectivamente nas interjeições, trim! tóct! Melhor ainda: Onomatopéias.
O dialogo toma rumo defendido ardorosamente por uma e questionado ironicamente por a outra, assim caminham os assuntos de nossas personagens fictícias e reais por a vida a fora, ciclicamente invertendo-se os protagonistas, os papéis, destaques, importâncias e tudo o mais.
Pendem-se apaixonadamente na sonoridade e falsa presença um do outro que não mais se percebem o fim junto aos seus tócts, os quais agora vagarosamente caem ritmamente, melodicamente fúnebre, trazendo o inevitável derradeiro, o fim! Ai meu Deus!
Tóct! Palavras doces, eis os namorados...
Tóct! Oniricamente idealizantes... Percebem-se!
É que vem chegando irreversivelmente um dos fardos adversos da vida.
Ai deus nosso! É o fim! Tóct!
Logo só resta o mínimo espaço de tempo para dizer com tamanha saudade:
- Tchau
E ele repousa o aparelho ante a imensa noite de que o aguarda solitariamente deplorando o triste fim do cartão telefônico.

2 de out. de 2009

ENEM, e nem prova nenhuma.

Para a desgraça de uns e a alegria de outros a prova do ENEM foi adiada, pois o Exame Nacional do Ensino Média ocorreria nesse final de semana, no entanto, houve uma sutil ponta de interesse ilícito que culminou no cancelamento da prova.
O ENEM já passou por divergentes e diversas polêmicas ao longo de sua implantação, há enorme falatório de tempos em tempos sobre seu teor, seu conteúdo, dentre outras coisas sobre sua real necessidade, pois do propósito de avaliar os alunos oriundos do ensino médio passou a prova obrigatória, via Pro-Uni, para bolsas de estudo em instituições de ensino superior em universidades privadas, através da política paternalista de nosso governo, além de servir como parte da pontuação em vestibulares de instituições públicas, sob a égide de acolher alunos de baixa renda, em 2009 a falácia dicotômica ateve-se sobre o quesito do ENEM ser prova única de vestibulares de grande parte das Universidades Federais do Brasil que nos acolhe. Em 2009 a prova passou por transformação substancial: de 63 questões e uma redação a prova terá 180 questões e uma redação e sua 'dificuldade' foi acentuada. Uma questão: como se acentua a tal dificuldade de determinado tipo de avaliação sem, um mínimo possível, melhorar a qualidade do ensino? Mas não nos cabe isso agora.
A polêmica do momento é a seguinte: O gás aprisionado pelos órgãos que direcionam a educação brasileira vazou nos últimos dias, digamos que soou como um peido na cara dos estudantes que esperavam a prova para esse final de semana, pois a propina fez com que houvesse um pequeno furo no INEP, órgão que é responsável pela formulação da prova, logo a merda está feita e o pum foi solto. O jornal O Estado de São Paulo publicou que haveria vazado o gás, urge que dois sujeitos, segundo o jornal, haviam procurado a redação do jornal alegando que haviam conseguido a prova e os gabaritos do ENEM previamente, sujeitos astutos, não? Após o alarme que desgraçou alguns e felicitou outros os jornais continuam trazendo as notícias nesses dias que se seguem ao vazamento da prova, pois a apuração a princípio está averiguando a origem do furo através de uma pizzaria em São Paulo, não poderia ser noutro lugar, PITÇA! Pizza! Isto é, conforme os jornais, esses sujeitos chegaram a redação do jornal Estadão via um empresário que é dono de uma pizzaria no bairro dos Jardins em São Paulo. Hehe.
Depois da correria, noites de estudos, preparação, aulas particulares e muita tensão os estudantes podem relaxar, a prova foi cancelada, pelo menos pelos próximos 30 dias, provavelmente haverá outra, no entanto, relaxemos e esperemos o gás dispersar!
Agora, depois, sei lá quando, você que ainda não estudou para a prova, pegue o livro e vá que dá tempo, ah leia os jornais, pois o ENEM costuma cobrar atualidades, só não vão nos perguntar quem pagará pelo prejuízo de se fazer uma prova para 4,1 milhão de pessoas, a qual custa alguns milhões de reais e que foram desperdiçados.
Mas ainda bem que vazou e o peido está cheirando bem forte, pois está na hora de dar um fim nessa impunidade que alicerça as estruturas da sociedade, se há fraude em provas de pequeno interesse nem quero imaginar as fraudes do senado, creio que se viesse à tona o Brasil explodiria tamanha concentração de gás fétido que ronda nossos dirigentes.

20 de set. de 2009

Perguntas que jamais foram ouvidas, quem dirá respondidas.

Por que você foi embora e me deixou?
Logo quando eu mais precisava, me abandonou.
Me deixou triste, solitário, sem amor.
Por quê você fez isso? Por que me abandonou?
Precisava tanto de seu amor, de sua companhia
Mesmo assim você se foi sem olhar para trás.
Por que você escolheu assim?
Você foi embora e nunca mais voltou,
Queria apenas te mostrar minhas poesias,
Conversar com você sobre minhas angústias,
Sobre os livros que li, os sonhos que tenho.
Queria apenas te abraçar nos momentos em que tenho medo.
Lembra quando cuidou de mim?
Eu estava tão doente, queria ouvir tua voz me acordando:
- Levanta meu filho!
Agora eu te pergunto:
- Por que você partiu?
- Por que você não volta?
Você não quer me amar. Por quê?
Mamãe, volte por favor!
Venha até mim, não fuja de mim.
Venha me abraçar, estou com medo.
Mãe, sinto tua falta, não esqueça de mim.
Estou com medo do vazio, minha alma chora sozinha.
Não são apenas palavras, fica comigo.
Quero te dizer: Te amo.

6 de set. de 2009

Saory, estou sangrando.

Sei que não adianta expressões vagas que o vento insiste em levar pra bem longe, no entanto fica uma coisa só, uma coisa certa: sangraremos até a última gota, oh Saory, esvair-se-á a mais remota poça de sangue de nossos íntimos âmagos, tristonhos e apertados, por isso conforta poder dizer que o amo, é o que me resta, pois essa disperssão cada vez maior me atordoa, nisso cambeleio só na multidão, mas tenho aprendido a olhar pra frente, suportar. Difícil é, no entanto olho pra trás e percebo o quanto fazemos parte um do outro, em virtude disso vou trânquilo, posso apoiar-me em você, meu íntimo inqueri, posso me apoiar em você? Mas vou seguindo, sei que a resposta é incerta para algo cer to, mas questiono o que é a virtude e o que faz parte das coisas certas na contraposição agulha e anzol, pois cada coisa é certa por si mesma, vejo que não há erros, menos ainda coisas erradas e que tudo depende da ótica em que se avalia, por isso, hei caminhado sem medo, soltando-me a cada dia em direção ao fututo que me aguarda incerto, no entanto, certíssimo por conta da incerteza errônea está no mundo das coisas certas conforme a perspectiva que se avalia.
Sem medo de sangrar e ver perder-se ralo a baixo as coisas que acreditava serem as mais bonitas e de estimado valor tento seguir, caso eu cair não se preocupe, deixe-me cair nesse ralo em que outrora era preenchido por coisas podres, agora meus sonhos estão lá, se eu cair deixe-me aos ralos sórdidos que eu merecer, não hesite em me salvar, será tarde demais, o que eu temia desejo com profundo ardor no instatnte dado, joguei dardos contra o vento, errei o alvo, temia isso, mas o jogo era esse e não podia fugir do meu destino, agora me resta pagar pelas consequências de acreditar em palavras que ocutam falsas verdades ou verdades passageiras.
O ralo frio e podre tem a medida perfeita para os sonhos que tive, agora sei disso, pois o veneno é menos venenoso quando se prova sem medo, o ralo torna-se confortável agora que compreendo que ali não existe somente coisas horríveis, mas sim coisas. Coisas que julgamos descartáveis, mas o ralo suga rapidamente e você fica sem saber ende dará, mas você quer ir até o fim, o medo no começo é maior, depois se acostuma, vai-se caindo sem medo, a escuridão se torna amiga, de repente vê-se as coisas que são normais em sua vida, percebe que vivia no ralo, ou que o ralo oculta o que considerava de valioso. Sabe apenas que só resta sangrar até a última gota. A questão paira no ar: Posso me apoiar em você, oh Saory?!

21 de ago. de 2009

Palavras desconexas.

Palavras desconexas de um e-mail não enviado.

Boa tarde, ou melhor boa noite, poderá ser dia quando leres esses escritos e logo cabe um Bom dia! Mas que seja, afinal existe muita surpresa nesta vida! Ah! Boa madrugada está a ser inventada, pois nesse período do dia estão se amando em juras de amor os amantes, gozando a presença carnal um do outro aqueles que se amam ou dormindo aquele que necessita repousar para no seguinte dia seguir adiante com seu labor.
Hum! ao pensar em te escrever deixo apenas as palavras virem, pois como poderia eu achar palavras a te dizer, em meio a tantas, tantos versos dedicados a ti que nem sei, sei nada mesmo, se mereço te escrever algo uma vez que já tanto te escreveram. Humildemente, as palavras vêm surgindo e vão-se tomando corpo de texto, deste texto em prosa, não de poesia que obviamente és digníssimo, no entanto, omito por não serem tão dignas de ti.
Ao pensar em te escrever medito a dita, desdita que cabe aos eloqüentes que engrandecem a alma e acabo não encontrando o que de fato quero expressar, tamanha complexidade se mostram as palavras, isso faz com que eu sinta medo do que possam dizer! E percebo as palavras: são palavras e palavras apenas, estão confusas e inquietas num emaranhado de tristezas e vômitos, por que o amor é complexo demais para se expressar em palavras, isto é, a complexidade é imensa que não alcançam o ideal almejado a priori, logo inúteis, o vento as leva, e além do amor ser complexo demais para se expressar em palavras a limitação do léxico junto a dualidade textual fazem com que não soem o que quero dizer, nisso fico incomunicável!
E nessa busca pelas disponíveis palavras grito com forças desumanas, mas ninguém consegue ouvir, é como se eu tivesse o controle do que ocorre ao lado, no entanto não consigo controlar o que se passa em meu âmago! Me perco! Por isso me rendo a limitação das palavras e não vejo o porquê enviar minhas palavras aos remetentes que tenho disponíveis. Um abraço rascunho da caixa postal do e-mail!

Fruto da vida!

Filho da Terra, do mundo, da vida, filho!
Filho da Terra, enterra filho, encobre!
Filho, filho do mundo, imundo, filho!
Filho da vida, bandida, filho!

Filho da puta, filho da santa feito na cama, filho!
Filho bastardo, no mundo, sozinho! Filho!
Filho maldito, filho da vida, desdita!
Filho dos homens, das dores, do ódio! Filho!

Filho do medo e do caos, filho!
Filho da Terra, do mundo, fruto da vida!
Fruto estragado, filho! Sêmen agonizante, de forma pensante!
Filho! Filho... filho!

Da Terra, do mundo, da vida, filho!
Produto dos homens e seu instinto! Filho!
Filho, filho de carne, filho de osso! Filho!
Fruto da vida, filho... filho... filho...

Edergovisky

21 de jul. de 2009

Nossa política e o dia do amigo.

Eita nossa senhora! O quê dizer de nossos atuais dias de políticas porcas que rondam no Senado? Eis a pergunta que erige em nossas vidas quando nos deparamos com os políticos e seus eleitores! O quê dizer? Cabe dizermos coisas, muita coisa, mas muitíssima coisa mesmo, pena que de ruim, por que se fosse coisa boa ninguém falaria pelos cantos, correto? O que inquieta agora é o Sarney, pois o homi num saí du poder mesmo. Eita!
Engraçado são os estudantes que fazem parte da UNE- União Nacional dos Estudantes. Eita! Deveria ser coisa boa, mas comentemos de canto! Hehe
Ocorre que a UNE completou seu qüinquagésimo primeiro ano de existência, pois louvam-se de terem sidos quem brigou contra a ditadura que se instituiu no Brasil pós 1964, eita! Coronéis e estudantes se ‘amaram’ por algum tempo aí em nossa história recente, como sabemos! Mas dessa vez foi diferente, o Presidente festejou com os ‘estudantes’, afinal foi a semana do amigo!
Mas nos anos noventa nossa juventude é denominada de pelega, apolítica e tudo o mais que qualquer engajado gosta de chamar os que não são seus companheiros, exceto a juventude dos caras pintadas que em 1992 ‘tiraram’ o Collor do poder, eita! Engraçado que ele não foi expulso por nenhum estudante e sim renunciou, mas teve seus direitos políticos cassados por oito anos, e quando reouve seus direitos políticos eu já estava na oitava série e me lembro que passava horas em baixo do chuveiro! Hehe! Tramando pensamentos políticos, claro! Engraçado que aqueles que o elegeram quiseram-no tirá-lo da presidência, mas que coisa de Brutus traidor! Só por que o homem zuou as contas de algumas pessoas através de seu confisco nada arbitrário! Enfim, como tudo acaba em pitça mesmo ele volta ao cenário político em 2006, mas dessa vez como Governador de Alagoas! Hehe! Esses não largam o osso, afinal a amigabilidade política aí está para isso! Correto?
Bom, vamos aos fatos! O Sarney está mais sarnento que os pobres cães de rua que são abandonados em nossas cidades, tenho dó dos cães, mas... os cães do Senado devem ter espécie de anti-sarna, pois não se coçam, quando apontamos fingem não ser com eles! Pior é vermos o presidente apoiar o Sarney! Eita mundo que gira hein! Pois o mundo do Lula girou, oh se girou, agora é amigo do Collor e do Sarney, pode um trem desse?! E o Presidente discursou no Congresso da UNE em Brasília, segundo os estudantes isso é uma vitória para sua facção, pois os estudantes que nunca se deram bem com os passados presidentes, mas era semana do amigo, se é assim ta bom!
Os estudantes em suas comemorações ficaram ameaçando os policiais, mas isso não vem ao caso, era festa, vamos sim zombar dos fardados. No CQC da TV Bandeirantes essa cena foi mostrada ontem, quem viu, viu, se não viu, sábado passará a reprise, só não sei em que horário! Hehe.
O repórter do CQC entrevistou alguns estudantes a respeito dessa camaradagem política feita pelo nosso Presidente em relação ao Sarney e suas respostas eram as seguintes:’’Ah o Lula tem a história dele!’’. Não é uma beleza de observação, hein!? Hehe Inteligência demais na cabeça desses alunos, por isso ‘representam’ minha ‘classe’.
Ah! Minha avó tem a história dela, esqueci de contar ao longo desse texto desconexo! Feliz dia do amigo, atrasado, mas quem sabe não nos encontramos algum dia com nossa história e sejamos amigos políticos. Que acham?!

Abraços.

7 de jul. de 2009

Perdoem se eu partir!

Agora faz poucos instantes que o astro rei se pôs lá fora, através da janela percebo que a claridade se esvai em frações de segundos, mas aumenta a sombra, não há luz e sem luz não posso enxergar meu futuro macabro que me espera, apenas seguir, não sei ao certo, mas tenho medo do que pode acontecer, só o que consigo sentir, nada mais: medo. Tenho que seguir!
Meus olhos escondem dores, mas ninguém é capaz de captá-las, à noite quando o sol se põe e vem a negritude amargor do dia que não vivemos, nem nos demos conta de que passou, sim passou e aqui estou eu, essa tela de computador de luz baça e tênue e o gato. A casa ruge tamanha solidão que paira no ar! O vento soa sensivelmente à janela e toca minha face de expressão triste. O dia passou lento demais, cada segundo decorria como lesma, conseguia ouvir o assobiar do vento e suas batidas no portão lá fora, tudo convidava ao necessário fim derradeiro.
Vejo que não sobram alternativas sem dores, pois tudo está coberto de infâmia e negritude. Enquanto o passar lento das horas me angustiava tentei em vão proceder diferente, tentei desviar meus pensamentos para coisas boas, mas não foi possível, o ambiente tem trazido coisas amargas de quem não tem onde se esconder, apenas partir!
Édergovsky

3 de jul. de 2009

Macaquice na USP

Dois meses após paralisação de funcionários e servidores na USP. Universidade de São Paulo, as coisas voltam ao normal ou pioraram de vez, o que para alguns é o que ocorreu, pois a paralisação dos serviços na Universidade seguiu rumo estranho, pararam os funcionários e servidores, depois alunos e depois professores como havia escrito em outro texto: A USP, A Greve e a Inconstitucionalidade.
A Polícia é o que determinou a paralisação dos alunos e professores, segundo os grevistas do corpo docente e discente, para que os ‘alunos’ junto aos grevistas não invadissem mais uma vez patrimônios públicos e os emporcalhassem a Reitora chamou a polícia para dentro do campus para coagir tais atitudes. Tudo desencadeou após a greve dos funcionários e servidores que exigiam seus direitos de trabalhadores, atitude plausível, mas com a condição da readmissão de certo sindicalista que fora despedido por justa causa, isto é queriam que fosse tolerado certo tipo de escrúpulo, digamos falta! A polícia acredita que os alunos é gente vagabunda e os alunos acreditam o mesmo dos policiais, por isso ambos não se trombam muito, o pior é que têm razão. Por isso vivem se amando em encontros com balas de borracha, spray de pimenta, paus e pedras, etc. Desperdício de tempo e dinheiro!
Misteriosamente a Greve acabou na última quarta-feira e tudo tente a voltar ao normal e o que não concebo diz respeito às reivindicações que em sua maioria não foram atendidas, no mínimo estranho! Que Brandão que nada! Não fora readmitido o sindicalista que estava em primeiro lugar em todas as pautas, engraçado que ele fora readmitido sim, mas no mesmo dia o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo cassou sua vaga, por quê será?
Enquanto tudo isso acontece e as atividades são retomadas a FFLCH, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, encontra-se perdida, quanto paradoxo não!, pois encontrar-se perdido é algo que só o pessoal das Humanas consegue às vezes, impressionante ou lamentável! Por que enquanto a USP não parou a FFLCH em peso cruzou os braços e aderiu à greve se desculpando através da presença da polícia no campus, professores também não gostam muito de polícia e isso foi o estopim para que houvesse a paralisação da FFLCH.
Enquanto a USP gozará de suas férias em julho a FFLCH reporá aulas, seria macaquice isso?! Acredito que não, é burrice mesmo! Vamos lá repor aulas e planejar a revolução, enquanto férias de julho soa como fetiche da burguesia. Por essas e outras os ‘movimentos de cunho social’ dos ‘marxistas’ e cia é desacreditado e ridicularizado quando se pensa um pouquinho!

29 de jun. de 2009

Informação; distanciamento entre os seres?

A informática, eis o que move as vidas humanas nos últimos anos, pois se louva a inovação tecnológica como a um Deus que tivesse chegado à Terra e troussesse salvação às almas perdidas, por que na frente dos computadores as pessoas se 'encontram', ledo engano.
A era digital diz aproximar as pessoas assim como os nutricionistas dizem que o arroz e feijão sustenta o povo brasileiro, junto com farinha claro. Mas desejo sutilmente 'jogar farinha no ventilador', outro aparato de evolução tecnológica comparado aos índios que se abanam com folhas naturais, mas o que interessa hoje em dia nem são mais ventiladores, e sim os aquecedores, ar-condicionado, sei lá eu, dentro dos shoppings não se sabe se está frio ou calor, depois o mundo não se torna hermético, fechado e auto-excludente, pois as pessoas saem de seus carros e adentram nos locais para seus afazeres, que por sinal também está fechado e com o mesmo ar-condicionado dos carros e escritórios, porém se 'comunicam' para com as outras pessoas através do computador. Interessante! E o contato humano pra onde vai?!
Quando Napoleão morreu sua morte foi conhecida pelo mundo meses depois, mas Michel Jackson nem havia morrido e eu já sabia, não por premonição ou algo do gênero, pois a notícia já estava em tudo que é site de 'informação' e isso mostra nossa evolução e acessibilidade às notícias, farei um pirão, não atiro mais minha farinha no ventilador, pode voar em mim mesmo! He!
Enfim, nosso sistema de informática e tecnologia está avançadíssimo, fato inegável, mas quanto a informação de verdade sobre a vida já não acredito muito, por que em vez de tratarmos de nossos problemas terrestre como a poluição sonora ou quaquer outro nós vamos é pisar na Lua e em Marte, é que 'somos da Lua', e marcianos, ou estou exagerando, isto é: As pessoas mal se olham mas estão lá em nossa página do Orkut, oh vida besta.
O que vemos são pessoas viverem cada vez mais seus mundos através da Internet, escondidas atrás de seus aparatos digitais e isolados do mundo. Como disse Tennessee Willians: "A vida é em parte o que nós fazemos dela, e em parte o que é feito pelos amigos que nós escolhemos" a partir disso temos amigos, aferes, digamos que pessoas virtuais, sim estão ali quando mais precisamos, pena que do outro lado da rede. Esse punhado de novos programas, não sei denominá-los, estão aí para nos aproximar, daí talvez seja eu quem não consiga enxergar verdade nas páginas digitais, assim como essa tentativa de Blog. Vou papear no MSN pra ver se desestresso.

12 de jun. de 2009

Pseudomundo.

O endeusamento das cousas terrenas é a pior coisa que o homem comprometido com a verdade pode fazer, não haveria ilusão maior. A falsidade que as coisas se apresentam hoje em dia não fora conhecida pela humanidade ainda, pois o fútil, o desprezível se faz necessário em nossas vidas, é como que gostássemos de nos afundar no lôdo, na bosta. Nisso assistimos à vida passar em frações de segundos. A decadência é tão imensa que preferimos falsas companhias a verdadeiras, todo o falso nos completa, não que estamos cheios, mas vazios demais para perceber o quão estúpida anda a vida 'cheia' de fantasias desnecessárias.
Olhemos nosso canal aberto televisivo tão aclamado pelo povo, pois se aquilo não é lixo não saberíamos o que pode vir a ser, mas as pessoas idolatram aquilo, é como que fosse a Soma para que as pessoas, desse Admirável Mundo em que vivemos, necessitassem daquilo para acordar no outro dia, realmente não consigo conceber. Como se não bastasse uma agora são duas as emissoras que ditam as regras, pois a Record copia e cola o que fez e faz sucesso na Globo, impressionante! A mais nova ou velha com cara de nova diz respeito ao Programa A Fazenda que é transmitido no canal do cristão Edir Macedo.
A Fazenda é nova, mas velha por ser cópia de programas de outros canais como o BBB da concorrente e a Casa dos ‘Artistas’ que passou no SBT do Silvio Santos careca, segundo a pequena Maísa. A Fazenda é mais um reallity show na qual há o desfile de corpos sensuais e atraentes, digamos que abuso da imagem corporal com incitações à pornografia, para não dizer espécie de prostituição, por que o destino de grande parte das mulheres que deixam a casa da Globo são as revistas feitas para os crescidinhos, digamos de passagem: Play Boy e cia.
O que mais me dói a alma não é o programa, mas sim aqueles sujeitos auto- denominarem-se artistas, isto é spray de pimenta nos olhos ou pior, no mínimo torturante, por que o verdadeiro artista jamais se submeteria àquilo. A concepção de que aqueles seres grotescos são artistas é um crime que a mídia comete para com a humanidade. Se Alexandre Frota é artista não existe mais beleza no mundo, pois ele era um dos ‘artistas’ da Casa que valia um milhão permanecer até o fim. Ainda não vejo coisa de maior horripilância no mundo, não há algo mais degradante para o espírito humano a designação disto como artista. È de se chorar rios Nilo e Bacias Amazônicas.
Não sei mais de nada, afinal sei menos a cada dia e só me resta tentar distinguir quem é a vaca ou a mulher que desfilam nA Fazenda, é muito confuso.

7 de jun. de 2009

A USP, a Greve e a Inconstitucionalidade.

Acredito que o título desse início de prosa será entendido por poucos, primeiro porque as palavras postuladas acima dizem sobre a Universidade de São Paulo, a qual está em greve e extrapola condições da constituição. Como os colorados a denominam: A Universidade da Elite, e em virtude disso os estudantes por meio de atitudes anti-democráticas resolveram entrar em ‘’greve’’ após um mês de ensaios gerais, pois a cortina fora aberta pelos servidores e trabalhadores da USP. No simbólico mês das noivas e também de conquista política da classe operária, que é o quinto mês do zodíaco, os servidores entraram em greve e iniciaram seus piquetes, protestos e tudo o mais. A reunião com a Reitora se deu tarde, pois depois de duas semanas de greve foi marcada uma reunião para discutir as possíveis mudanças de relações desiguais entre servidores e seu bolso frágil: a plausível busca por melhores salários, melhores condições de trabalho e outras reivindicações que não merecem menção no dado momento são a pauta dessa ponta do iceberg que surgirá em nossos destinos para afundar nosso navio de sonhos titanesco.
No primeiro ato houve reunião com a reitoria e os servidores que em nada levou, apenas à prorrogação para uma próxima reunião na próxima semana, afinal o ‘show’ deve continuar, o filme apenas começou. Na segunda reunião nada de novo, e em outros sets as outras personagens surgem ora mocinhos ora vilões.
Nesse meio termo os ‘Professores Doutores’ da instituição fazem também dias de paralisações ao longo das três semanas primeiras da greve, estão sobre o muro e cogitam aderir ou não à greve dos Trabalhadores e Servidores da USP, é que os Professores não se consideram trabalhadores, eu ainda não entendi, alguém teria uma luz?
Os Estudantes, em suma os da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, fazem suas encenações nos pátios do colégio e ‘’discutem’’ possível greve também. Esses discutem a tal da Univesp.
Isso perdurou um mês...A encrenca mesmo diz respeito ao sindicalista Brandão que fora demitido por justa causa, mas como se trata de bode expiatório está além do bem e do mal e reivindicam a readmissão desse sujeito, cá entre nós: serve apenas como estopim, para não dizer desculpa, para muita gente mobilizar-se para as greves, ops...paralisar-se para as greves! Não separam o ‘joio do trigo’ e nisso ‘não vejo diferença entre os dedos e os anéis’. As luzes dão show sobre a cabeça dos artistas. Estavam nisso...até que: a Polícia entra no pequeno feudo da Cidade Universitária a pedido da Reitora.
Com a milícia oficial em campus o jogo começa a esquentar nesse segundo tempo, pois a partir da entrada da Polícia os Professores se mobilizaram rapidinho, o descaso foi suprimido com gol de bicicleta e a torcida assiste à tudo contente com a próxima copa que aqui repetir-se-á em 2014, oh beleza! Professores em Greve! Funcionários em Greve! Alunos em Greve! E já que o bom senso entrou em Greve também o conhecimento resolve aderir às manifestações e em Greve entra!
Agora resta-nos esperar o apito final, baixar a cortina e subir as letrinhas do final de nosso espetáculo e torcer para que antes de tudo o bom senso saía da Greve, apelo para que o conhecimento, que anda em falta, torne-se pelego mesmo e afaste a estupidez humana, pouco provável, mas...enquanto isso meu silêncio expressa, nas relações assimétricas de persuasão, que sou fruto da miséria humana. Onde entra a inconstitucionalidade aí?! No fato de fechar-se os Museus, e as Bibliotecas, e o Cinema da USP, pois as artes deveriam ser preservadas sob qualquer circunstância, do contrário perde-se a razão da existência humana.

2 de jun. de 2009

Inglórias.

Histórias são os que restam.

Desvincular-se do o passado é algo que tentam algumas pessoas, sugeria que não almejassem como única saída, uma vez que a dor é profundamente insuportável. Mas às vezes não nos encontramos em outro barco senão o de andar adiante e deixar o que nos prende ao passado ao passado que há de ser acabado, ainda um dia, pelo tempo vindouro. O crepúsculo de dias melhores brilha latente na mente dos desejosos de liberdade, no entanto o frio florestal urge à nossa direção que congela nosso sangue pulsante das veias, que anelam ser rompidas na ousadia primeira de desvencilhar-se do que está ficando para trás. Essa efêmera existência. E nesse ensaio perturbador nos foge a mão a luz que há pouco tentava emergir em nossa consciência, por hora doentia.
O peso que a história trás em nossas costas é imenso, diria que pesado demais para suportá-lo só, embora é esse o destino que nos vêm coercitivo. Caminhar, caminhar e caminhar é o que se exige, mas as forças faltam às vezes e agarra-se ao pranto, deita-se no chão como única saída em momentos de cegueira substanciosa, resta-se apenas agarrar-se ao choro, à vela e à sombra trazida pelos ventos oriundos da floresta negra.
Os dias passados estão cheios de glórias incertas e inglórias. Por isso é difícil caminhar, logo minha força motriz advêm da arte que me projeta a imensas loucuras e aceitação de meu incerto destino. Nesse emaranhado de absurdos analiso esse pouco de história e tento sorrir disso que chamamos vida, oh vida olha o que fizemos e fazemos. História abrace-me em teus braços já que não há saída...inglórias.

1 de jun. de 2009

29 de maio, dia do Geógrafo.

Que Geógrafo eu quero vir a ser?

A questão sobre que geógrafo eu quero vir a ser é no mínimo intrigante, pois a toda alma humana a prevenção do que ocorrerá em tempos que estão por vir ecoa inquietante, exceto se perguntarmos aos profetas ou àqueles que 'desvendam' o futuro através de artimanhas ainda não concebidas a todo espírito humano.
Estes, os profetas, são como que guardassem a chave do amanhã em suas visões, embora há que se fazer inúmeras interpretações.No entanto, a questão elucidada acima diz mais à vontade e propensão intelectual do que especulação do não conhecido de fato, confesso que se me fosse indagado sobre que filósofo ou poeta desejaria vir a ser a resposta talvez soaria mais harmônica, digamos poética.
Ora, a partir dessa questão me deparo a duas situações coercitivas a meu espírito, ambas foram expostas na apresentação acima: não prevejo o futuro e não conheço nenhum geógrafo a fundo como talvez conheça alguns poetas e pensadores, logo a busca por respostas equiparar-se-à a ''murros em pontas de facas''.
Entretanto se levarmos a questão ao desejo e pretensão intelectual tentarei esboçar um pouco do que hipoteticamente poderá vir a constituir-se, e isso dependerá de vários, incontáveis fatores.Ocorre que o geógrafo que eu quero vir a ser ainda não existiu ou não do jeito que que pretendo. Seria mais cômodo responder a que geógrafo não quero vir a ser, embora também não os conheça.
Posso tomar a questão do geógrafo e interpretá-la semanticamente a partir do intelectual que há por trás do ente em si, através disso responderia que o intelectual pretendido, a todo homem que nessa questão se lançou, deve ser aquele que pensa modos e teses a partir de seu objeto de estudo e análise, revoluciona o modo de pensar e agir em determinados campos dos saberes, dicotomicamente sem deixar de beber na fonte dos clássicos e eruditos, mas seria pretensão demais projetar-me como intelectual com o pouco que possuo.Não consigo enxergar saídas por meio dessa perspectiva e posso salientar que a tarefa me atribuída exige mais do que pensei a priori, mas hemos lá: O geógrafo que me vem à cabeça não seria os que me foram apresentados até o instante momento como Sauer ou Vidal de La Blache, nem mesmo Lacoste, por hora há uma espécie de admiração por estes que desenvolveram o pensamento do espaço, essa tal Geografia.
O que me projeta, ainda que com imenso questionamento, aos estudos geográficos, antes de tudo, são as diversas paisagens que observo há tempos em meu cotidiano. Minha inserção no meio espacial é o que me induz à vontade de se fazer geógrafo.Minha humilde e singela apreensão da espacialidade geográfica me direciona aos desvendamentos daquilo que denominamos Geografia: as conexões espaciais, os fluxos de transporte, de pessoas, e a localização dos objetos ao longo da vastidão espacial que nos chama à amores e deslumbramentos, eis algo do que me transcende à Geografia.
Quero ser o geógrafo que aproxime linguagens, assim como o artista que em sua inquietude banaliza o sagrado e endeusa o profano, ou como aquele que busca pelo novo dia a dia através de forças que os fazem desvencilhar-se dos cárceres, não sei sob qual prisma, mas a sorte está lançada.''O Geógrafo não deve falar de onde não esteve'', palavras de Aziz Ab'Saber que me é muito útil para a conclusão aqui presente: Não posso afirmar algo que está por vir, apenas desejá-lo ansiosamente.

Introdução editorial.

Prezado senhor,
o objetivo primeiro desse instrumento comunicativo condiz com a busca por expressões de minhas idéias e possíveis comunicação com o mundo externo, logo estou diante de um problema master: Juntar mundos completos opostos. Hemos lá. Aí escrever-se-à quando a inquietação artístico-científico vier pulsante ao âmago desejsosa de explodir contra as coercitivas situações carcerárias.

21 de jan. de 2009

Posse de Obama.

Entre mandatos, sapatos e esperanças.

Se o Papa já foi Pop agora quem rouba a cena no cenário mundial com tamanha popularidade são os presidentes de diversas partes do mundo: Putin, Sarkozy, Chávez, Mahmoud Ahmadinejad, e por aí vai.Cada um a sua moda, mas todos famosos no cenário mundial despojando sua interpretação Brectniana, ora Arthoniana sob às luzes de seus poderes no palco da politicagem atual.
Mas acredito que o título de maior popstar deve-se ao mais novo presidente norte americano: o democrata Barack Hussein Obama.Roubara o cenário da política internacional já nas prévias das eleições de seu país, pois virara manchete de todos os meios de comunicação, diria enganação, diariamente nos jornais de 'todos' os países, após sua vitória diante do replublicano John MacCain.
O que chama mais à atenção de sua posse não diz respeito à possíveis mudança, nem mesmo ao fato de se tratar do presidente dos Estados Unidos, país de enorme peso p olítico nas decisões mundiais, e sim dizem-no o Salvador da humanidade, e em torno de sua pessoa figura certo messianismo em virtude de haver-se pregado o Homem da Mudança e a estupidez política em salientar sua cor, pois antes de tudo ele é homem, não interessa sua origem racial, depois fora eleito para ocupar um cargo público com alvará do eleitorado, isto é, todo esse alvoroço sobre sua cor e certa origem mulçuamana não levará a nada.Esquecem de que há maiores discusões a fazer e fazem circo, desta vez sem pão, e não falam da fome, da miséria, das guerras que esse país ajuda a fazer através de sua ganância e desrespeito à humanidade.
Em sua posse Obama discursou sobre suas propostas para a mudança que tanto pregou, mas foi quase que um show, pois artistas do mais alto nível popular cantaram, dançaram, e ganharam muita grana e a imensa multidão assistiu a tudo, aplaudiu e se emocionou.
Enquanto isso Bush filho deu um mero t chau para a multidão com cara de quem quer logo se esquivar das possíveis sapatadas de nada menos que dois milhões de pessoas, um verdadeiro roteiro holliwoodiano, ou quase.
E agora esperemos que as discussões tomem o necessário rumo e tome-se as atitudes necessárias para iniciarmos verdadeiramente uma história nova, não apenas especulação em torno de raças e origens, pois o buraco é muito mais embaixo, e que a posse de Obama traga soluções verdadeiras para a Política Internacional com respeito aos povos, dignidade às diversas religiões e abandonem o discurso de Guerra ao Terror que não levam a alugar algum, apenas aos interesses norte americanos.
Não devemos achar que Obama é a última bolacha do pacote, como diria no jargão popular, nem mesmo messias de nossas salvação, há de se esperar que saiba conduzir sua batuta em prol da dignidade e da igualdade que há muito estão escassos no mundo, caso algum dia já existiram.
Agor a resta-nos esperar que se faça algo para resolver os problemas latentes, atualíssimos: Poluição; Aquecimento; Guerras no Oriente; Fome no Mundo; e Guerras Civis geradas pela intolerâcia capitalista.
Abraços, Também tenho sonhos.