2 de jun. de 2009

Inglórias.

Histórias são os que restam.

Desvincular-se do o passado é algo que tentam algumas pessoas, sugeria que não almejassem como única saída, uma vez que a dor é profundamente insuportável. Mas às vezes não nos encontramos em outro barco senão o de andar adiante e deixar o que nos prende ao passado ao passado que há de ser acabado, ainda um dia, pelo tempo vindouro. O crepúsculo de dias melhores brilha latente na mente dos desejosos de liberdade, no entanto o frio florestal urge à nossa direção que congela nosso sangue pulsante das veias, que anelam ser rompidas na ousadia primeira de desvencilhar-se do que está ficando para trás. Essa efêmera existência. E nesse ensaio perturbador nos foge a mão a luz que há pouco tentava emergir em nossa consciência, por hora doentia.
O peso que a história trás em nossas costas é imenso, diria que pesado demais para suportá-lo só, embora é esse o destino que nos vêm coercitivo. Caminhar, caminhar e caminhar é o que se exige, mas as forças faltam às vezes e agarra-se ao pranto, deita-se no chão como única saída em momentos de cegueira substanciosa, resta-se apenas agarrar-se ao choro, à vela e à sombra trazida pelos ventos oriundos da floresta negra.
Os dias passados estão cheios de glórias incertas e inglórias. Por isso é difícil caminhar, logo minha força motriz advêm da arte que me projeta a imensas loucuras e aceitação de meu incerto destino. Nesse emaranhado de absurdos analiso esse pouco de história e tento sorrir disso que chamamos vida, oh vida olha o que fizemos e fazemos. História abrace-me em teus braços já que não há saída...inglórias.