29 de jun. de 2009

Informação; distanciamento entre os seres?

A informática, eis o que move as vidas humanas nos últimos anos, pois se louva a inovação tecnológica como a um Deus que tivesse chegado à Terra e troussesse salvação às almas perdidas, por que na frente dos computadores as pessoas se 'encontram', ledo engano.
A era digital diz aproximar as pessoas assim como os nutricionistas dizem que o arroz e feijão sustenta o povo brasileiro, junto com farinha claro. Mas desejo sutilmente 'jogar farinha no ventilador', outro aparato de evolução tecnológica comparado aos índios que se abanam com folhas naturais, mas o que interessa hoje em dia nem são mais ventiladores, e sim os aquecedores, ar-condicionado, sei lá eu, dentro dos shoppings não se sabe se está frio ou calor, depois o mundo não se torna hermético, fechado e auto-excludente, pois as pessoas saem de seus carros e adentram nos locais para seus afazeres, que por sinal também está fechado e com o mesmo ar-condicionado dos carros e escritórios, porém se 'comunicam' para com as outras pessoas através do computador. Interessante! E o contato humano pra onde vai?!
Quando Napoleão morreu sua morte foi conhecida pelo mundo meses depois, mas Michel Jackson nem havia morrido e eu já sabia, não por premonição ou algo do gênero, pois a notícia já estava em tudo que é site de 'informação' e isso mostra nossa evolução e acessibilidade às notícias, farei um pirão, não atiro mais minha farinha no ventilador, pode voar em mim mesmo! He!
Enfim, nosso sistema de informática e tecnologia está avançadíssimo, fato inegável, mas quanto a informação de verdade sobre a vida já não acredito muito, por que em vez de tratarmos de nossos problemas terrestre como a poluição sonora ou quaquer outro nós vamos é pisar na Lua e em Marte, é que 'somos da Lua', e marcianos, ou estou exagerando, isto é: As pessoas mal se olham mas estão lá em nossa página do Orkut, oh vida besta.
O que vemos são pessoas viverem cada vez mais seus mundos através da Internet, escondidas atrás de seus aparatos digitais e isolados do mundo. Como disse Tennessee Willians: "A vida é em parte o que nós fazemos dela, e em parte o que é feito pelos amigos que nós escolhemos" a partir disso temos amigos, aferes, digamos que pessoas virtuais, sim estão ali quando mais precisamos, pena que do outro lado da rede. Esse punhado de novos programas, não sei denominá-los, estão aí para nos aproximar, daí talvez seja eu quem não consiga enxergar verdade nas páginas digitais, assim como essa tentativa de Blog. Vou papear no MSN pra ver se desestresso.

12 de jun. de 2009

Pseudomundo.

O endeusamento das cousas terrenas é a pior coisa que o homem comprometido com a verdade pode fazer, não haveria ilusão maior. A falsidade que as coisas se apresentam hoje em dia não fora conhecida pela humanidade ainda, pois o fútil, o desprezível se faz necessário em nossas vidas, é como que gostássemos de nos afundar no lôdo, na bosta. Nisso assistimos à vida passar em frações de segundos. A decadência é tão imensa que preferimos falsas companhias a verdadeiras, todo o falso nos completa, não que estamos cheios, mas vazios demais para perceber o quão estúpida anda a vida 'cheia' de fantasias desnecessárias.
Olhemos nosso canal aberto televisivo tão aclamado pelo povo, pois se aquilo não é lixo não saberíamos o que pode vir a ser, mas as pessoas idolatram aquilo, é como que fosse a Soma para que as pessoas, desse Admirável Mundo em que vivemos, necessitassem daquilo para acordar no outro dia, realmente não consigo conceber. Como se não bastasse uma agora são duas as emissoras que ditam as regras, pois a Record copia e cola o que fez e faz sucesso na Globo, impressionante! A mais nova ou velha com cara de nova diz respeito ao Programa A Fazenda que é transmitido no canal do cristão Edir Macedo.
A Fazenda é nova, mas velha por ser cópia de programas de outros canais como o BBB da concorrente e a Casa dos ‘Artistas’ que passou no SBT do Silvio Santos careca, segundo a pequena Maísa. A Fazenda é mais um reallity show na qual há o desfile de corpos sensuais e atraentes, digamos que abuso da imagem corporal com incitações à pornografia, para não dizer espécie de prostituição, por que o destino de grande parte das mulheres que deixam a casa da Globo são as revistas feitas para os crescidinhos, digamos de passagem: Play Boy e cia.
O que mais me dói a alma não é o programa, mas sim aqueles sujeitos auto- denominarem-se artistas, isto é spray de pimenta nos olhos ou pior, no mínimo torturante, por que o verdadeiro artista jamais se submeteria àquilo. A concepção de que aqueles seres grotescos são artistas é um crime que a mídia comete para com a humanidade. Se Alexandre Frota é artista não existe mais beleza no mundo, pois ele era um dos ‘artistas’ da Casa que valia um milhão permanecer até o fim. Ainda não vejo coisa de maior horripilância no mundo, não há algo mais degradante para o espírito humano a designação disto como artista. È de se chorar rios Nilo e Bacias Amazônicas.
Não sei mais de nada, afinal sei menos a cada dia e só me resta tentar distinguir quem é a vaca ou a mulher que desfilam nA Fazenda, é muito confuso.

7 de jun. de 2009

A USP, a Greve e a Inconstitucionalidade.

Acredito que o título desse início de prosa será entendido por poucos, primeiro porque as palavras postuladas acima dizem sobre a Universidade de São Paulo, a qual está em greve e extrapola condições da constituição. Como os colorados a denominam: A Universidade da Elite, e em virtude disso os estudantes por meio de atitudes anti-democráticas resolveram entrar em ‘’greve’’ após um mês de ensaios gerais, pois a cortina fora aberta pelos servidores e trabalhadores da USP. No simbólico mês das noivas e também de conquista política da classe operária, que é o quinto mês do zodíaco, os servidores entraram em greve e iniciaram seus piquetes, protestos e tudo o mais. A reunião com a Reitora se deu tarde, pois depois de duas semanas de greve foi marcada uma reunião para discutir as possíveis mudanças de relações desiguais entre servidores e seu bolso frágil: a plausível busca por melhores salários, melhores condições de trabalho e outras reivindicações que não merecem menção no dado momento são a pauta dessa ponta do iceberg que surgirá em nossos destinos para afundar nosso navio de sonhos titanesco.
No primeiro ato houve reunião com a reitoria e os servidores que em nada levou, apenas à prorrogação para uma próxima reunião na próxima semana, afinal o ‘show’ deve continuar, o filme apenas começou. Na segunda reunião nada de novo, e em outros sets as outras personagens surgem ora mocinhos ora vilões.
Nesse meio termo os ‘Professores Doutores’ da instituição fazem também dias de paralisações ao longo das três semanas primeiras da greve, estão sobre o muro e cogitam aderir ou não à greve dos Trabalhadores e Servidores da USP, é que os Professores não se consideram trabalhadores, eu ainda não entendi, alguém teria uma luz?
Os Estudantes, em suma os da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, fazem suas encenações nos pátios do colégio e ‘’discutem’’ possível greve também. Esses discutem a tal da Univesp.
Isso perdurou um mês...A encrenca mesmo diz respeito ao sindicalista Brandão que fora demitido por justa causa, mas como se trata de bode expiatório está além do bem e do mal e reivindicam a readmissão desse sujeito, cá entre nós: serve apenas como estopim, para não dizer desculpa, para muita gente mobilizar-se para as greves, ops...paralisar-se para as greves! Não separam o ‘joio do trigo’ e nisso ‘não vejo diferença entre os dedos e os anéis’. As luzes dão show sobre a cabeça dos artistas. Estavam nisso...até que: a Polícia entra no pequeno feudo da Cidade Universitária a pedido da Reitora.
Com a milícia oficial em campus o jogo começa a esquentar nesse segundo tempo, pois a partir da entrada da Polícia os Professores se mobilizaram rapidinho, o descaso foi suprimido com gol de bicicleta e a torcida assiste à tudo contente com a próxima copa que aqui repetir-se-á em 2014, oh beleza! Professores em Greve! Funcionários em Greve! Alunos em Greve! E já que o bom senso entrou em Greve também o conhecimento resolve aderir às manifestações e em Greve entra!
Agora resta-nos esperar o apito final, baixar a cortina e subir as letrinhas do final de nosso espetáculo e torcer para que antes de tudo o bom senso saía da Greve, apelo para que o conhecimento, que anda em falta, torne-se pelego mesmo e afaste a estupidez humana, pouco provável, mas...enquanto isso meu silêncio expressa, nas relações assimétricas de persuasão, que sou fruto da miséria humana. Onde entra a inconstitucionalidade aí?! No fato de fechar-se os Museus, e as Bibliotecas, e o Cinema da USP, pois as artes deveriam ser preservadas sob qualquer circunstância, do contrário perde-se a razão da existência humana.

2 de jun. de 2009

Inglórias.

Histórias são os que restam.

Desvincular-se do o passado é algo que tentam algumas pessoas, sugeria que não almejassem como única saída, uma vez que a dor é profundamente insuportável. Mas às vezes não nos encontramos em outro barco senão o de andar adiante e deixar o que nos prende ao passado ao passado que há de ser acabado, ainda um dia, pelo tempo vindouro. O crepúsculo de dias melhores brilha latente na mente dos desejosos de liberdade, no entanto o frio florestal urge à nossa direção que congela nosso sangue pulsante das veias, que anelam ser rompidas na ousadia primeira de desvencilhar-se do que está ficando para trás. Essa efêmera existência. E nesse ensaio perturbador nos foge a mão a luz que há pouco tentava emergir em nossa consciência, por hora doentia.
O peso que a história trás em nossas costas é imenso, diria que pesado demais para suportá-lo só, embora é esse o destino que nos vêm coercitivo. Caminhar, caminhar e caminhar é o que se exige, mas as forças faltam às vezes e agarra-se ao pranto, deita-se no chão como única saída em momentos de cegueira substanciosa, resta-se apenas agarrar-se ao choro, à vela e à sombra trazida pelos ventos oriundos da floresta negra.
Os dias passados estão cheios de glórias incertas e inglórias. Por isso é difícil caminhar, logo minha força motriz advêm da arte que me projeta a imensas loucuras e aceitação de meu incerto destino. Nesse emaranhado de absurdos analiso esse pouco de história e tento sorrir disso que chamamos vida, oh vida olha o que fizemos e fazemos. História abrace-me em teus braços já que não há saída...inglórias.

1 de jun. de 2009

29 de maio, dia do Geógrafo.

Que Geógrafo eu quero vir a ser?

A questão sobre que geógrafo eu quero vir a ser é no mínimo intrigante, pois a toda alma humana a prevenção do que ocorrerá em tempos que estão por vir ecoa inquietante, exceto se perguntarmos aos profetas ou àqueles que 'desvendam' o futuro através de artimanhas ainda não concebidas a todo espírito humano.
Estes, os profetas, são como que guardassem a chave do amanhã em suas visões, embora há que se fazer inúmeras interpretações.No entanto, a questão elucidada acima diz mais à vontade e propensão intelectual do que especulação do não conhecido de fato, confesso que se me fosse indagado sobre que filósofo ou poeta desejaria vir a ser a resposta talvez soaria mais harmônica, digamos poética.
Ora, a partir dessa questão me deparo a duas situações coercitivas a meu espírito, ambas foram expostas na apresentação acima: não prevejo o futuro e não conheço nenhum geógrafo a fundo como talvez conheça alguns poetas e pensadores, logo a busca por respostas equiparar-se-à a ''murros em pontas de facas''.
Entretanto se levarmos a questão ao desejo e pretensão intelectual tentarei esboçar um pouco do que hipoteticamente poderá vir a constituir-se, e isso dependerá de vários, incontáveis fatores.Ocorre que o geógrafo que eu quero vir a ser ainda não existiu ou não do jeito que que pretendo. Seria mais cômodo responder a que geógrafo não quero vir a ser, embora também não os conheça.
Posso tomar a questão do geógrafo e interpretá-la semanticamente a partir do intelectual que há por trás do ente em si, através disso responderia que o intelectual pretendido, a todo homem que nessa questão se lançou, deve ser aquele que pensa modos e teses a partir de seu objeto de estudo e análise, revoluciona o modo de pensar e agir em determinados campos dos saberes, dicotomicamente sem deixar de beber na fonte dos clássicos e eruditos, mas seria pretensão demais projetar-me como intelectual com o pouco que possuo.Não consigo enxergar saídas por meio dessa perspectiva e posso salientar que a tarefa me atribuída exige mais do que pensei a priori, mas hemos lá: O geógrafo que me vem à cabeça não seria os que me foram apresentados até o instante momento como Sauer ou Vidal de La Blache, nem mesmo Lacoste, por hora há uma espécie de admiração por estes que desenvolveram o pensamento do espaço, essa tal Geografia.
O que me projeta, ainda que com imenso questionamento, aos estudos geográficos, antes de tudo, são as diversas paisagens que observo há tempos em meu cotidiano. Minha inserção no meio espacial é o que me induz à vontade de se fazer geógrafo.Minha humilde e singela apreensão da espacialidade geográfica me direciona aos desvendamentos daquilo que denominamos Geografia: as conexões espaciais, os fluxos de transporte, de pessoas, e a localização dos objetos ao longo da vastidão espacial que nos chama à amores e deslumbramentos, eis algo do que me transcende à Geografia.
Quero ser o geógrafo que aproxime linguagens, assim como o artista que em sua inquietude banaliza o sagrado e endeusa o profano, ou como aquele que busca pelo novo dia a dia através de forças que os fazem desvencilhar-se dos cárceres, não sei sob qual prisma, mas a sorte está lançada.''O Geógrafo não deve falar de onde não esteve'', palavras de Aziz Ab'Saber que me é muito útil para a conclusão aqui presente: Não posso afirmar algo que está por vir, apenas desejá-lo ansiosamente.

Introdução editorial.

Prezado senhor,
o objetivo primeiro desse instrumento comunicativo condiz com a busca por expressões de minhas idéias e possíveis comunicação com o mundo externo, logo estou diante de um problema master: Juntar mundos completos opostos. Hemos lá. Aí escrever-se-à quando a inquietação artístico-científico vier pulsante ao âmago desejsosa de explodir contra as coercitivas situações carcerárias.