1 de jun. de 2009

29 de maio, dia do Geógrafo.

Que Geógrafo eu quero vir a ser?

A questão sobre que geógrafo eu quero vir a ser é no mínimo intrigante, pois a toda alma humana a prevenção do que ocorrerá em tempos que estão por vir ecoa inquietante, exceto se perguntarmos aos profetas ou àqueles que 'desvendam' o futuro através de artimanhas ainda não concebidas a todo espírito humano.
Estes, os profetas, são como que guardassem a chave do amanhã em suas visões, embora há que se fazer inúmeras interpretações.No entanto, a questão elucidada acima diz mais à vontade e propensão intelectual do que especulação do não conhecido de fato, confesso que se me fosse indagado sobre que filósofo ou poeta desejaria vir a ser a resposta talvez soaria mais harmônica, digamos poética.
Ora, a partir dessa questão me deparo a duas situações coercitivas a meu espírito, ambas foram expostas na apresentação acima: não prevejo o futuro e não conheço nenhum geógrafo a fundo como talvez conheça alguns poetas e pensadores, logo a busca por respostas equiparar-se-à a ''murros em pontas de facas''.
Entretanto se levarmos a questão ao desejo e pretensão intelectual tentarei esboçar um pouco do que hipoteticamente poderá vir a constituir-se, e isso dependerá de vários, incontáveis fatores.Ocorre que o geógrafo que eu quero vir a ser ainda não existiu ou não do jeito que que pretendo. Seria mais cômodo responder a que geógrafo não quero vir a ser, embora também não os conheça.
Posso tomar a questão do geógrafo e interpretá-la semanticamente a partir do intelectual que há por trás do ente em si, através disso responderia que o intelectual pretendido, a todo homem que nessa questão se lançou, deve ser aquele que pensa modos e teses a partir de seu objeto de estudo e análise, revoluciona o modo de pensar e agir em determinados campos dos saberes, dicotomicamente sem deixar de beber na fonte dos clássicos e eruditos, mas seria pretensão demais projetar-me como intelectual com o pouco que possuo.Não consigo enxergar saídas por meio dessa perspectiva e posso salientar que a tarefa me atribuída exige mais do que pensei a priori, mas hemos lá: O geógrafo que me vem à cabeça não seria os que me foram apresentados até o instante momento como Sauer ou Vidal de La Blache, nem mesmo Lacoste, por hora há uma espécie de admiração por estes que desenvolveram o pensamento do espaço, essa tal Geografia.
O que me projeta, ainda que com imenso questionamento, aos estudos geográficos, antes de tudo, são as diversas paisagens que observo há tempos em meu cotidiano. Minha inserção no meio espacial é o que me induz à vontade de se fazer geógrafo.Minha humilde e singela apreensão da espacialidade geográfica me direciona aos desvendamentos daquilo que denominamos Geografia: as conexões espaciais, os fluxos de transporte, de pessoas, e a localização dos objetos ao longo da vastidão espacial que nos chama à amores e deslumbramentos, eis algo do que me transcende à Geografia.
Quero ser o geógrafo que aproxime linguagens, assim como o artista que em sua inquietude banaliza o sagrado e endeusa o profano, ou como aquele que busca pelo novo dia a dia através de forças que os fazem desvencilhar-se dos cárceres, não sei sob qual prisma, mas a sorte está lançada.''O Geógrafo não deve falar de onde não esteve'', palavras de Aziz Ab'Saber que me é muito útil para a conclusão aqui presente: Não posso afirmar algo que está por vir, apenas desejá-lo ansiosamente.

Introdução editorial.

Prezado senhor,
o objetivo primeiro desse instrumento comunicativo condiz com a busca por expressões de minhas idéias e possíveis comunicação com o mundo externo, logo estou diante de um problema master: Juntar mundos completos opostos. Hemos lá. Aí escrever-se-à quando a inquietação artístico-científico vier pulsante ao âmago desejsosa de explodir contra as coercitivas situações carcerárias.