24 de out. de 2009

Que dizer do mundo?

O que dizer do mundo? Creio que faltam pessoas iguais e de mesma perspicácia que Muntadar al-Zeidi de 27 anos, se não lembram desse nome tenho prazer de vos lembrar, trata-se de um jornalista que gloriosamente atirou os sapatos contra o ex-presidente norte americano, George Bush, como diz meu pai: o que é bom deve ser lembrado, no entanto, gostaria de apontar outras coisas das quais esquecemos, nossa política internacional, pena que não tão boas!
Urge que Barack Obama, presidente norte americano pelo partido democrata, erigiu ao poder no começo do ano sob a égide de mudar a vida de todos, uma vez que fora consagrado como o homem da mudança já em suas prévias eleitorais, no mais nada mudou, exceto que se já era pop star agora é prêmio Nobel da PAZ, santa ignorância! E eu continuo na luta diária! Mudou no máximo a conta bancária desse palhaço, para a ofensa aqui se ater!
Em respeito aos artistas circenses peço desculpa, mas a palhaçada vigora no cenário mundial de políticas veiculadas pelos presidentes que roubam o cena com seus porcos espetáculos, quando Barack Obama foi eleito eu escrevi que não adiantava de nada especularem a respeito de sua origem racial, social, religiosa nem aqui e muito menos em alhures! Porém especulavam! O tempo passava e sua imagem ganhava todo o tipo de revistas, jornais e livros, creio que nem os Beatles saíram na ti-ti-ti, mas esse bocó saiu, ficou famosinho e cheio de créditos, puta bosta!
Consagraram-no como o salvador, certo messianismo rondava sua imagem. Passados alguns meses de seu mandato é evidente o quanto especulações não levam a nada, assim como os marxistas apontam na economia, hemos de viver a vida real, não a especulativa. Percebam, não faz diferença, assim como escrevi à alguns dos senhores noutro texto: Entre mandatos, sapatos e esperanças, fazer o escarcéu que for sobre origens e religiosidades, pois no poder tudo muda e creio todo homem ser igual. Ocorre que o exército americano ainda está no Afeganistão e no Iraque. A mudança não veio, a animosidade em relação ao Irã permanece, que mudança é essa? Os planos de antimísseis na Polônia voltaram a tona essa semana! Bob Dylan salienta ‘’O homem prepara-se para a paz construindo armas.’’
O que de grotesco e hediondo ronda em torno de Obama é ele ter recebido o Prêmio Nobel, cujo mérito lhe falta. Além de ridículo, não sei mais o que dizer dos premiadores, pois o premiado é esse bocó que mora na Casa Branca. O que mais dizer do mundo?!

4 de out. de 2009

Triste fim.

Fui teu, foste minha. O que mais? Juntos fizemos
uma curva na rota por onde o amor passou.

Fui teu, foste minha. Tu serás daquele que te ame,
daquele que corte na tua chácara o que semeei eu.

Vou-me embora. Estou triste: mas sempre estou triste.
Venho dos teus braços. Não sei para onde vou.

...Do teu coração me diz adeus uma criança.
E eu lhe digo adeus.

Pablo Neruda.

Triste fim

O dedo junto à mão velozmente por oito vezes aperta tóc! E trim! trim!...
-Alô!
Decorre velozmente, em fração de segundo, tóct! E na reticência cai-se sem amparo aproximando-se a escassez de créditos.
As saudações por sua vez, breves e gostosamente cordiais levam consigo de duas a três, e vezes quatro. Toct! Tóct! Tóct!.... Toct!
Vão-se embora os ois! Os olás! E o tempo é curto junto aos seus toct!
A conversa desenrola-se rapidamente, desencadeando em seus devidos assuntos ora importantes, ora menos importantes, contudo não menos importante que o importante devido ser posto em importantíssima questão, muito importante. Em meio a tudo isso, a todo esse jogo de palavras, adversações e alternações, alternadamente: toct! Tóct! Vão-se outras.... Acabando! Oh tempo decorrente que não volta, esvai-se como nossa existência efêmera e frágil.
Juras e mentiras encadeadas em assuntos de importância revelam-nos as discordâncias e convergências entre pessoas que se aproximam e se afastam respectivamente nas interjeições, trim! tóct! Melhor ainda: Onomatopéias.
O dialogo toma rumo defendido ardorosamente por uma e questionado ironicamente por a outra, assim caminham os assuntos de nossas personagens fictícias e reais por a vida a fora, ciclicamente invertendo-se os protagonistas, os papéis, destaques, importâncias e tudo o mais.
Pendem-se apaixonadamente na sonoridade e falsa presença um do outro que não mais se percebem o fim junto aos seus tócts, os quais agora vagarosamente caem ritmamente, melodicamente fúnebre, trazendo o inevitável derradeiro, o fim! Ai meu Deus!
Tóct! Palavras doces, eis os namorados...
Tóct! Oniricamente idealizantes... Percebem-se!
É que vem chegando irreversivelmente um dos fardos adversos da vida.
Ai deus nosso! É o fim! Tóct!
Logo só resta o mínimo espaço de tempo para dizer com tamanha saudade:
- Tchau
E ele repousa o aparelho ante a imensa noite de que o aguarda solitariamente deplorando o triste fim do cartão telefônico.

2 de out. de 2009

ENEM, e nem prova nenhuma.

Para a desgraça de uns e a alegria de outros a prova do ENEM foi adiada, pois o Exame Nacional do Ensino Média ocorreria nesse final de semana, no entanto, houve uma sutil ponta de interesse ilícito que culminou no cancelamento da prova.
O ENEM já passou por divergentes e diversas polêmicas ao longo de sua implantação, há enorme falatório de tempos em tempos sobre seu teor, seu conteúdo, dentre outras coisas sobre sua real necessidade, pois do propósito de avaliar os alunos oriundos do ensino médio passou a prova obrigatória, via Pro-Uni, para bolsas de estudo em instituições de ensino superior em universidades privadas, através da política paternalista de nosso governo, além de servir como parte da pontuação em vestibulares de instituições públicas, sob a égide de acolher alunos de baixa renda, em 2009 a falácia dicotômica ateve-se sobre o quesito do ENEM ser prova única de vestibulares de grande parte das Universidades Federais do Brasil que nos acolhe. Em 2009 a prova passou por transformação substancial: de 63 questões e uma redação a prova terá 180 questões e uma redação e sua 'dificuldade' foi acentuada. Uma questão: como se acentua a tal dificuldade de determinado tipo de avaliação sem, um mínimo possível, melhorar a qualidade do ensino? Mas não nos cabe isso agora.
A polêmica do momento é a seguinte: O gás aprisionado pelos órgãos que direcionam a educação brasileira vazou nos últimos dias, digamos que soou como um peido na cara dos estudantes que esperavam a prova para esse final de semana, pois a propina fez com que houvesse um pequeno furo no INEP, órgão que é responsável pela formulação da prova, logo a merda está feita e o pum foi solto. O jornal O Estado de São Paulo publicou que haveria vazado o gás, urge que dois sujeitos, segundo o jornal, haviam procurado a redação do jornal alegando que haviam conseguido a prova e os gabaritos do ENEM previamente, sujeitos astutos, não? Após o alarme que desgraçou alguns e felicitou outros os jornais continuam trazendo as notícias nesses dias que se seguem ao vazamento da prova, pois a apuração a princípio está averiguando a origem do furo através de uma pizzaria em São Paulo, não poderia ser noutro lugar, PITÇA! Pizza! Isto é, conforme os jornais, esses sujeitos chegaram a redação do jornal Estadão via um empresário que é dono de uma pizzaria no bairro dos Jardins em São Paulo. Hehe.
Depois da correria, noites de estudos, preparação, aulas particulares e muita tensão os estudantes podem relaxar, a prova foi cancelada, pelo menos pelos próximos 30 dias, provavelmente haverá outra, no entanto, relaxemos e esperemos o gás dispersar!
Agora, depois, sei lá quando, você que ainda não estudou para a prova, pegue o livro e vá que dá tempo, ah leia os jornais, pois o ENEM costuma cobrar atualidades, só não vão nos perguntar quem pagará pelo prejuízo de se fazer uma prova para 4,1 milhão de pessoas, a qual custa alguns milhões de reais e que foram desperdiçados.
Mas ainda bem que vazou e o peido está cheirando bem forte, pois está na hora de dar um fim nessa impunidade que alicerça as estruturas da sociedade, se há fraude em provas de pequeno interesse nem quero imaginar as fraudes do senado, creio que se viesse à tona o Brasil explodiria tamanha concentração de gás fétido que ronda nossos dirigentes.